domingo, 2 de maio de 2010

Quando a gente acha alguém especial, a gente sempre deseja o melhor pra essa pessoa, a gente fica querendo que essa pessoa ache a gente especial também. Não importa se o objeto de de admiração seja nossa mãe, nosso pai, um amigo, um companheiro ou irmão. É natural que passemos a querer ter também tais qualidades, querer ser tão especial quanto. É perfeitamente aceitável toda a preocupação que a gente acaba tendo com o outro ser. Afinal, não é justo que alguém a quem julgamos ter tantas coisas boas, tantas qualidades, sofra.
Quando a solidão bate na nossa porta, mesmo quando milhões de pessoas estão a nossa volta e mesmo que todas essas pessoas só queiram te ajudar, parece que só aquela criatura tão especial pode nos salvar. Fica parecendo que só aquele abraço é reconfortante, só aquele carinho pode te ajudar efetivamente. Nada do que alguém faça ou diga te ajudará tanto quanto um olhar daquele a quem dedicamos tanto carinho. Tem horas que nada faz diferença, a não ser, que aquela pessoa esteja do nosso lado.
Todo mundo se sente pra baixo, se sente pressionado, todo mundo tem um milhão de problemas. Só que aquela criaturinha, pra nós, meros mortais, não deveria ter tais problemas. A gente nunca vai querer que ela sofra, que ela se sinta pra baixo, que ela sinta as mesmas coisas que a gente sente... Algumas vezes a gente sente que nada do que a gente faz é certo e que de forma alguma ninguém pode achar a gente especial, mas esquece que as outras pessoas podem se sentir dessa forma também.

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