quarta-feira, 17 de março de 2010

Três estrelas...



Eram três estrelas, uma bem diferente da outra e ao mesmo tempo tão iguais. Cada uma com o seu jeitinho especial, cada uma com um jeito de agir. Fisicamente não têm nada em comum. As vezes você vai se perguntar o porquê de andarem tão juntas.
A primeira estrela se chama Tatoca, segundo as outras duas, ela é ausente e você precisa contar a ela a mesma história cem vezes e ainda vai correr o risco de ouvir: “Ei, essa história eu não ouvi não!”, mesmo que ela tenha sido protagonista da história. Tatoca é engraçada, algumas vezes age como uma idosa e sua paciência com o desconhecido não é lá muito grande. As outras duas estrelas regulam sua alimentação, carregam-na pras caminhadas e algumas vezes, precisam regular também as suas roupas. Tatoca é tão doce que é impossível não gostar dela, é uma amiga que se preocupa com o seu bem e que vai te ouvir contar cinqüenta vezes a mesma história, talvez por isso ela finja que nunca sabe de nada.
A segunda estrela é Maria, tem um fogo imenso, se não fosse ela, as outras duas viveriam em casa. Essa é o meio termo entre as outras duas estrelas, nem tão abusada quanto uma e nem tão paciente quanto a outra. É divertida e sempre consegue arrancar um sorriso seu quando pergunta: “tá noiada, é, minha irmã?”. Vai ser uma das enfermeiras mais doidas que eu conheço, acho que todos os pacientes vão se apaixonar por ela. “Marêa, ô, Marêa” e ela já te atende sorrindo e perguntando: “qual é o ‘preblema’?”... Não tem como não rir. Ela fala das outras duas, mas não adquiriu o apelido de “seu lunga” por acaso.
A terceira estrela é uma agonia só, não para quieta, fala alto e de vez em quando tem uma crise de estresse. O nome dela é Aninha, é doce se você não “abusar” da sua boa vontade. Adora dançar e comer sunomono (pra desespero de Maria). Tem o riso frouxo, adora ler e escrever. Maquiagem? É com ela mesma! É agitada, mas se você chamar ela pra sair, corre o risco de ela querer voltar antes da meia-noite. Vive dizendo que tá com sono, mas nunca consegue dormir, as outras duas acham que ela já virou um zumbi. Apaixonada por vida, sempre arruma um jeito de ver um lado bom de uma situação.
As três estão unidas por uma amizade muito bonita e sólida. Estão unidas por Deus e cada uma faz questão de renovar a fé da outra, de lembrar que Ele sempre está presente. Uma sempre puxando a outra pras coisas boas da vida, se divertem sem extravagâncias, riem das coisas da vida e ao se despedir, sempre se lembram: “nada é por acaso, tudo tem uma razão de ser”. Elas são as irmãs que eu escolhi e sei que elas sentem o mesmo por mim.
Amo vocês!

“Nossos sonhos, realidades
Todas as vertigens, crueldades

Sobre nossos ombros

Aprendemos a carregar

Toda a vontade que faz vingar

No bem que fez pra mim

Assim, assim
Me fez feliz, assim...
O amor sem fim
Não esconde o medo
De ser completo
E imperfeito...”
Barão Vermelho – Meus Bons Amigos

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