domingo, 27 de dezembro de 2009

Limite...


E a discussão foi daquelas enormes, tomou conta de boa parte da madrugada. Todos concordavam que tudo precisa de um limite. A maior questão era se o amor, um sentimento tão bom e sublime também precisa de um limite. E sim, o amor também precisa de um limite.
Se pararmos pra pensar, e não sentir, o amor também precisa de um limite. Tudo demais toma o espaço de outra coisa. Se você bebe água demais, não sobra espaço pra comida. Se você fica muito tempo com seus amigos, não sobra tempo pros seus familiares. Se você ama demais alguém ou algo esse sentimento vai tomar lugar de outros vários.
Concordo que você tem que amar muito, se entregar, se doar de corpo e alma. Mas tem que ter cuidado, porque a partir de um certo ponto esse sentimento acaba se confundindo com outros que tiveram seu espaço tomado. No final das contas, você ou vai acabar cobrando demais do ser amado ou vai acabar perdoando demais, a gente acaba achando que o objeto amado tem sempre que ser perfeito. E aí, aquele sentimento tão bonito vai se tornar algo insuportável.
Observem que eu estou falando de amor e não de paixão. Estou falando daquele sentimento que não sai do coração por mais que a gente queira, daquilo que a gente continua sentindo mesmo se não fala mais com a pessoa que ama a vinte ou trinta anos. Não falo de paixão, que vai embora com a mesma força que chega e depois, parece que nada aconteceu.
Aí a gente se toca de que não é o amor que precisa de limites é a forma como se ama. O amor sempre vai ser o sentimento mais bonito, o mais sublime. É por causa do amor que a gente sente saudades, é por causa dele que a gente consegue sorrir tendo vontade de chorar, é por ele que o sofrimento se torna algo suportável.
O amor não toma espaço de nada, mas a forma que você ama pode fazer com que isso aconteça. O amor te permite estar com seu companheiro, seus amigos, seus familiares... O amor te permite estar perto de tudo sem que você precise estar ao lado! O amor faz milagres, o amor nos dá forças pra perdoar, o amor nos dá forças pra assumirmos quando estamos errados. Ah, o amor...

“I need true love
Do you know what you mean to me
Does it show as I live and I breath”
(true love – S.O.J.A.)

5 comentários:

Unknown disse...

Aninha,
É incrível ler as suas palavras e perceber nada mais do que VOCÊ em cada uma delas.
Lindas as suas palavras sobre os limites do amor e as nossas dificuldades para encontrá-los e impô-los.

Beijo grande!

Unknown disse...

Lindo,uma forma diferente, talvez mais madura de aceitar certas ocasiões, certos momentos de nossa vida!
Pra mim o limite seria uma forma mais ''fria'' de sentir, só que controlar o amor?!!(negocinho difícil né?!!)
Mas pensando dessa maneira, em dar espaços pra viver outras coisas,fica bem mais fácil!!
Beijoo Gata

Anônimo disse...

ter a consciência de que somente amar não é o suficiente. Respeito, confiança e outros sentimentos tem que estar presentes sim.
Bjo
=*

Wyllyta Albuquerque disse...

Caiu como uma luva! Concordo plenamente!
É exatamento o que to passando, olha no meu...

Anônimo disse...

Escreves maravilhosamente bem, parabéns pelo texto. Que alerta! Gostei do seu blog, muito bom. Bjs