sábado, 16 de janeiro de 2010

Paulo, Nanda, o outro.


Paulo queria uma chance, dizia poder fazê-la feliz. Nanda só respondia que não. Paulo fazia de tudo; comprava flores, lhe mandava lindas mensagens, dizia tudo o que toda garota quisesse ouvir. Buscava-lhe para um passeio, levava-a ao parque, a praia. Ela era a sua rainha.

Ele dizia que faria tudo por ela, a vida inteira. Nanda sabia que não. Ele sonhava com o dia em que ela ia dar uma oportunidade ao seu amor. Esperava ansiosamente que o coração dela desocupasse ou que ela cansasse de desilusões. O coração dela era bobo, mas para ele, parecia o maior general.

Nanda estava apaixonada. Paulo sabia, era por outro. Ela não queria magoar o rapaz, não aceitava seus presentes e só respondia as declarações com um sorriso. Ela sabia o quanto era difícil para esse moço, mas sentia ser muito pior pra ela. Ela não fazia isso porque queria.

Ele sabia que as vezes forçava a barra. Mas queria ela, queria muito. Ela que não queria nada, com ninguém que não fosse aquele cara (preferia nem dizer o nome!). As vezes ela se perdia em pensamentos, não ouvia nada, não falava nada. Paulo tinha certeza: era o tal invadindo os pensamentos dela.

Paulo e Nanda seguiam assim. Ele tentando conquistar ela. Ela tentando reconquistar o “outro” (como Paulo chamava). Ele sabia que não seria nunca pra ela, o que o outro era. Nanda desejava poder amar outra pessoa, mas não conseguia, nem mesmo sabia se queria. Mas com Paulo, não ficaria.

“Ninguém jamais pôde mudar
Recebe menos quem mais tem pra dar
E agora queira dar licença, que eu já vou
Deixa assim, por favor
Não ligue se acaso o meu pranto rolar, tudo bem
Me deseje só felicidade, vamos manter a amizade
Mas não me queira só por pena
Nem me crie mais problemas
Nem perca tempo assim contando história...”

Trajetória – Maria Rita

3 comentários:

Lika disse...

Que triste =/
E mais triste por ser a realidade...
Lindo post!

Bruno Costa disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
eder disse...

Três é demais... em ambos os sentidos.